Projeção de superávit recorde na balança comercial em 2023
A AEB estima superávit comercial recorde em 2023, mas com ligeiro decréscimo nas exportações e importações; saiba mais com a RWLog!
De acordo com a Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), a balança comercial do Brasil pode ter superávit recorde neste ano. A projeção de superávit recorde na balança comercial em 2023, com um resultado positivo de US$ 71,9 bilhões, pode ser explicada pela queda nos volumes de exportação e importação.
Avaliações da comunidade também apontam para a contínua dependência do Brasil do comércio exterior de commodities agrícolas e minerais e, consequentemente, para uma maior volatilidade de preços.
Para que você entenda mais sobre essa projeção, nós da RWLog, apresentamos o artigo abaixo. Acompanhe conosco e boa leitura!
Primeiramente, é válido reforçar do que se trata a balança comercial. Quando falamos em balança comercial, estamos falando da união das contas de importação e exportação do país, que é um importante indicador econômico que diz muito sobre a situação da região analisada e é tão importante quanto o PIB. Consiste na diferença entre exportações e importações.
Uma balança comercial é considerada positiva quando os valores das exportações são maiores que os valores das importações, resultando em superávit. Se este valor for negativo, ou seja, se os valores das importações forem maiores que os valores das exportações, dizemos que há um déficit.
Há também uma balança comercial, onde as funções são iguais no valor operacional das exportações e importações. Nas atividades de exportação de produtos brasileiros, os produtos básicos estão incluídos, principalmente, nas atividades realizadas desde 2011, o que não deixa dúvidas sobre a importância dessa série de bens, o que possibilita classificar o Brasil como um grande exportador.
Do ponto de vista do comércio exterior, a balança comercial é importante porque indica a situação comercial do país, ou seja, se houve transações negativas ou positivas ou se houve saldo comercial. Enquanto o saldo é considerado positivo quando os valores das exportações são superiores aos valores das importações e quando os valores das importações são superiores aos valores das exportações, é considerado um déficit.
Conforme mencionado acima, essa projeção representa um aumento de 14,3% em relação à previsão de US$ 62,925 bilhões para 2022. As exportações devem atingir US$ 325,162 bilhões em 2023, uma queda de 2,3% em relação aos estimados US$ 332,825 bilhões. E as importações estão projetadas em US$ 253,229 bilhões no ano que vem, 6,2% a menos que os US$ 269,9 trilhões previstos para este ano, um duplo déficit que não gera desenvolvimento econômico.
Em janeiro de 2023, as exportações cresceram 11,7% em relação ao mês correspondente do ano anterior e chegaram a 23,14 bilhões de dólares. As importações caíram -1,7% e chegaram a 20, 42 bilhões de dólares. A balança comercial ficou, portanto, superavitária em US$ 2,72 bilhões e o fluxo de mercadorias aumentou 4,9%, para US$ 43,56 bilhões.
O Brasil continua altamente dependente das exportações de commodities, e os produtos manufaturados sofrem com a falta de competitividade devido aos altos custos. Segundo projeções da AEB, soja, petróleo e minério devem representar 35,7% das exportações brasileiras em 2023, o que está praticamente estável em relação aos 35% controlados em 2022. Dos 15 principais produtos do Brasil, além de automóveis e semi-acabados de ferro e produtos siderúrgicos, todo o resto são commodities.
Em particular, as exportações de soja devem aumentar para 78 milhões de toneladas em 2022 devido à quebra de safra. 90 milhões de toneladas estão previstas para 2023. A soja continuou sendo a principal exportação deste ano, com um valor estimado de US$ 6,219 bilhões, um novo cenário recorde que deve igualar o volume recorde em 2023.
É válido destacar quais são os principais parceiros comerciais do Brasil. Dentre os principais parceiros comerciais do Brasil encontram-se a Argentina, China, Hong Kong e Macau, os Estados Unidos e a União Europeia.
As exportações para a Argentina aumentaram 6,7% em janeiro de 2023 e atingiram US$ 1,06 bilhão. As importações diminuíram -1,3% e atingiram 0,82 mil milhões de dólares. Com isso, a balança comercial com esse parceiro comercial ficou superavitária em US$ 0,23 bilhão e o fluxo de mercadorias aumentou 3,0%, para US$ 1,88 bilhão.
Já as exportações para China, Hong Kong e Macau cresceram 10,8% em janeiro de 2023 e atingiram US$ 5,25 bilhões. As importações caíram -14,3% e chegaram a 4,67 bilhões de dólares. Assim, a balança comercial com esse parceiro comercial ficou superavitária em US$ 0,58 bilhão, e o fluxo de mercadorias caiu -2,6%, para US$ 9,92 bilhões.
Por sua vez, as exportações para os Estados Unidos cresceram 16,6%, para US$ 2,68 bilhões em janeiro de 2023. As importações caíram -27,3% e chegaram a US$ 3,11 bilhões. Deste modo, a balança comercial resultou num déficit de US$ -0,43 bilhões e a corrente de comércio apontou queda de -11,9% alcançando US$ 5,79 bilhões.
Agora, as exportações para a União Europeia cresceram 26,3 vezes e atingiram 3,7 bilhões de dólares americanos. As importações cresceram 31,2% e totalizaram US$ 4,04 bilhões. Assim sendo, a balança comercial com o bloco resultou num déficit de US$ -0,30 bilhões e a corrente de comércio aumentou 28,8% alcançando US$ 7,78 bilhões.
Entender o cenário e as projeções para o mercado de logística em 2023 é essencial para manter seu negócio atualizado, assegurando a competitividade. Além disso, contar com serviços especializados e que ofereçam soluções inovadoras contribuirá para o sucesso em seus processos logísticos.
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Equipe RWLog